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sexta-feira, 27 de junho de 2014

DODGE CHARGER R/T 1972 CINZA FÊNIX - PARTE 5 - RETOMANDO AS INVESTIGAÇÕES

Prezados Amigos e Visitantes do Blog Showroom Imagens do Passado!

 

Investigação retomada ainda com base no antigo
 documento de licenciamento.
    Chegamos a quinta parte da história do Dodge Charger R/T 1972 Cinza Fênix, este documentário investigativo que levou cerca de um ano e meio até ser concluído.
     Pois bem!
     Vamos lá então!
   Algum tempo depois da primeira busca sobre o passado do R/T 72 Cinza Fênix, após muitos dias tentando achar mais algumas respostas, me lembrei que naquele antigo documento de licenciamento havia o nome do antigo proprietário do carro antes do Sr. Teonilo José Giehl .
     Na verdade, o nome da razão social de uma empresa, ( Nienow Scherer & Cia Ltda ).
    Após uma breve pesquisa, contatou-se que essa empresa já havia encerrado as suas atividades.
    A partir deste momento, as buscas se concentraram em cima da lista telefônica, visto que " Nienow " e " Scherer " , são sobrenomes pessoais.
    A quantidade de pessoas com esses sobrenomes, somente na cidade de São Leopoldo é imensa e depois de alguns telefonemas nenhuma informação concreta havia aparecido.
      Mas como eu costumo dizer, " Quem tem contatos e amigos tem tudo " .
     Depois de um tempo, acabei lembrando que " Scherer " era o mesmo sobrenome de um dos antigos proprietários da extinta concessionária Chrysler de São Leopoldo, a Mecânica Auto Comercial Ltda - MOCAUTO.
      Coincidência ou não, algumas semanas antes estive conversando, com um dos filhos desse antigo proprietário, sobre a existência de fotografias antigas da concessionária.
      Voltando a falar com ele novamente, perguntei se a razão social mencionada no antigo documento, havia pertencido a algum de seus familiares.
     Prontamente disse que não, mas que aquela razão social, seria de uma empresa chamada " Calçados Nische" .
       Disse também, que os antigos donos dessa empresa, foram proprietários de Dodge, que os mesmos também eram clientes da MOCAUTO, e que pelo menos um deles ainda residia na cidade.
       Com as esperanças renovadas, as buscas recomeçaram pela lista telefônica, até que um deles se prolongou mais do que os outros.
 
Téo Nienow, segundo proprietário e o grande
colaborador dessa investigação.
    Do outro lado da linha Téo Nienow, sua voz um tanto pausada, dava indícios de se tratar de uma pessoa de idade.     Logo após me apresentei, dizendo o motivo do telefonema e em seguida o interrogatório começou.
   Perguntei a ele, se conhecia uma empresa chamada
" Calçados Nische" .  Disse que sim, e que teria sido um dos antigos proprietários da mesma.
    Depois dessas duas afirmativas, veio a pergunta mais importante de todas.
    Por um acaso, o senhor ou o seu antigo sócio foram proprietários de um Dodge Charger R/T 1972 ?
    Após pensar um pouco, disse que foi proprietário de um Dodge Dart com "capota preta"  e depois de um Le Baron 1979.
     Por um instante então pensei que o R/T 1972 teria pertencido a seu antigo sócio.
    Mas após mais algum tempo de conversa e algumas perguntas especifícas, confirmei que o suposto Dodge Dart com capota preta, na verdade se tratava do Dodge Charger R/T 1972 Cinza Fênix, chassi CO 27823.
     Depois disso, falei que o seu antigo carro ainda existia e que estava em pleno processo de restauração, após ter ficado por quase trinta anos à sombra de uma árvore.
    Perguntei se teria sido o primeiro proprietário e não soube afirmar.   
    Questionei sobre a existência de fotografias de época, ficou de averiguar e me dar retorno.
    Marcamos de nos encontrar e alguns dias após, em um sábado chuvoso, recebi o Sr. Téo Nienow em minha casa.
    Neste dia, mostrei para ele as fotografias feitas durante a remoção dos Dodges e depois de alguns minutos olhando atentamente ele respira fundo e pergunta - " Como foi que este carro foi acabar desta maneira? "  .
     Expliquei os diversos motivos que levaram o seu antigo carro ter chegado aquele ponto etc.
      Logo após o Sr. Téo retira do bolso um envelope e me entrega em mãos, dentro dele duas fotografias.
      Na primeira fotografia retirada do envelope, um Le Baron 1979 Marrom Sumatra com vinil claro e na segunda a confirmação de que toda investigação havia seguido pelo caminho certo.
 
Muita emoção ao pegar essas duas fotos em mãos.
 
Le Baron 1979 Marrom Sumatra, o carro adquirido na troca do R/T 72 Cinza Fênix.
 
   Dodge Charger R/T 1972 Cinza Fênix - Chassi CO - 27823, em uma viagem familiar a Foz do Iguaçu/PR.
 
 
     A segunda fotografia trazia o registro de uma viagem familiar à bordo do R/T 72 Cinza Fênix.
     Inacreditavelmente eu tinha em mãos, a tão esperada fotografia de época.
     Foi muito gratificante ver como esse carro era em seus tempos áureos .
    Mas o encontro com o Sr. Téo Nienow, ainda reservava mais algumas surpresas, pois depois de alguns comentários sobre o carro ele falou um pouco mais sobre a história do mesmo.
     Disse que comprou esse carro de um amigo pessoal, o Sr. Calvino Adolfo Krause , um grande apaixonado por carros, como disse o Sr. Téo.
      Sempre que possível visitava os salões do automóvel em São Paulo e demais feiras automotivas.
      Na década de 60 foi proprietário de um posto de combustíveis e na época que foi dono do R/T 72 Cinza Fênix, tinha uma loja de acessórios para carros.
      O Sr. Téo disse também, que  o seu amigo instalou neste carro um dos melhores sistemas de som da época, além de outros acessórios, tais como um conjunto de sinalizadores que ficavam instalados no mesmo lugar das lentes nas extremidades dos para-lamas sem alterar a estética do carro.
       Além disso, trocou as rodas Magnum 500 e os pneus Goodyear Super Águia pelas charmosas rodas modelo Rallye da Mangels, montadas com um jogo de pneus Firestone Wide Oval.
       Conjunto de rodas e pneus que ainda estavam no carro, quando ele foi removido do lugar.
 
Concessionária Chrysler Mocauto - São Leopoldo/RS.
 
Elton Krause, filho do Sr. Calvino, primeiro
proprietário do R/T 72 Cinza Fênix
    Depois de ficar um certo tempo com o R/T 72 Cinza Fênix, o Sr. Téo, acabou trocando ele, na concessionária Chrysler Mocauto pelo Le Baron 1979 Marrom Sumatra.
     E foi lá nesta concessionária que o Sr. Teonilo José Giehl acabou comprando o carro.
     Coincidências à parte, a segunda busca sobre o passado deste carro começou no mesmo local onde funcionou essa  concessionária e onde ele foi revendido.
      Falando nisso!
      A Mocauto ficava a duas quadras da casa onde moro e o prédio da foto acima, existe até os dias de hoje.
     Depois deste breve depoimento uma outra informação complementaria ainda mais a investigação.
     O Sr. Téo comenta que seu amigo Calvino e sua esposa Elzira, já eram falecidos, porém seus dois filhos ainda residiam na cidade e no mesmo bairro.
     Com nomes em mãos, novamente recorri a lista telefônica e alguns dias depois entrei em contato com Elton Krause, um dos filhos do Sr. Calvino.
    Mais uma vez expliquei o motivo da ligação e após isto o Sr. Elton se prontificou a colaborar fazendo algumas buscas em meio as fotografias da família.
    Cerca de uma semana depois, recebi um novo e-mail e anexo a este estava o ponto alto da investigação.
    As fotografias do Dodge Charger R/T 1972 Cinza Fênix com o seu primeiro proprietário.
 
 Calvino Adolfo Krause e a peça chave da investigação, o Dodge Charger R/T 1972 Cinza Fênix.

 
 
Nas imagens acima podemos ver a família Krause posando para fotografia junto ao R/T 72 Cinza Fênix, muito provavelmente quando tinha sido comprado.
 
Calvino Krause, o primeiro proprietário do R/T 72
Cinza Fênix.
   
    O Sr. Calvino, acabou falecendo no ano de 2003.
  Infelizmente seu adorado Dodge Charger R/T 1972 Cinza Fênix, seria resgatado somente sete anos depois.
    Sem sombra de dúvidas, conversar com ele sobre este carro seria muito interessante, pois essa história seria ainda mais rica.
     E assim foi concluída a busca sobre o passado e a história deste carro.
     Felizmente, conseguiu-se chegar muito além do esperado.
   Para quem buscava apenas uma fotografia de época para ilustrar uma matéria, encontrar o segundo e os familiares do primeiro proprietário foi ótimo.


* ENQUANTO ISSO EM OSASCO.....

 
 
 
    Mais ou menos na mesma época em que a investigação em busca da história do R/ 72 Cinza Fênix foi concluída, lá em São Paulo o processo de restauração dele também estava chegando ao fim.
 
 Toda carroceria de volta a cor original, Cinza Fênix.
 
 O adesivo de recomendação instalado na Concessionária Chrysler Brozauto que acompanhou o carro durante tantos anos, foi mantido.
 
 
 
Sinaleiras, faixas e emblemas originais, todos completando o conjunto do carro.
 
 
 
 
 
Tudo novo e original na parte interna do Cinza Fênix.
 
Vinil novo no lugar e o Cinza Fênix, aguardando os acabamentos finais.
 
 
Novamente com as faixas originais evidenciando as belas linhas da carroceria.
 
 
    Um carro antigo é feito de detalhes, quando são novos então melhor ainda.
 
    O novo coração do R/T 72 Cinza Fênix, aguardando a hora de voltar para o cofre.
 
Tudo pronto e tudo em ordem, como no dia que saiu de fábrica.
 
 Plaqueta de identificação de volta ao local correto, mantendo viva a origem dessa lenda.

Calotinhas centrais das rodas Magnum 500 " New Old Stock ".
 

Acabamentos finais, limpeza e polimento.
 
 
 Agora sim!
Depois de mais de trinta anos, pronto para ganhar as ruas novamente.
 
* NA PRÓXIMA POSTAGEM!
 
O REENCONTRO COM O DODGE CHARGER R/T 1972 CINZA FÊNIX
 
 
Showroom Imagens do Passado resgatando histórias
 
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quinta-feira, 26 de junho de 2014

DODGE CHARGER R/T 1972 - PARTE 4 - O DESEMBARQUE DOS DODGES E O COMEÇO DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO.


Prezados Amigos e Visitantes do Blog Showroom Imagens do Passado!

Cinza Fênix, todo imponente descendo do caminhão.
Nem a ferrugem e a sujeira conseguiram acabar
com o potêncial deste verdadeiro
 ícone da nossa indústria.
     Alguns dias depois de saírem de São Leopoldo, os Dodges chegam a São Paulo e são recebidos pelo Alexandre Badolato, um dos maiores incentivadores da preservação e da memória dos veículos produzidos pela Chrysler do Brasil.
     O R/T 72 ficou em Osasco, onde fica uma das oficinas que faz as restaurações do Museu do Dodge.
     O R/T 73 seguiu para Campinas, onde aguardaria a sua vez de ser restaurado. Obra do acaso ou não o Alexandre  Badolato acabou unindo forças junto com o Lincoln na restauração do Cinza Fênix
Os cirurgiões analisando o novo paciente
que acabava de chegar a clínica.
    Quando deixaram São Leopoldo, rumo a São Paulo, fui intitulado pelo Lincoln, como "padrinho" destes dois Dodges.
    Que ironia!
  Um fordeiro de nascimento, padrinho de dois Dodges.
    Coisas que somente o antigomobilismo pode proporcionar.
   Após a venda dos carros, acabaram surgindo novas pistas sobre a verdadeira história deles.
    Era a chance de ter a resposta de todas aquelas antigas perguntas.
O Vermelho Índio, ainda aguardaria mais um
tempo até o momento da sua restauração.
    Dentro de uma pasta, estava uma série de documentos antigos, a maioria deles do R/T 72 e algumas informações sobre o R/T 73.
    Como a história do R/T 73 era previamente conhecida, restou então investigar o passado do R/T 72.
     Apaixonado por história desde os tempos da escola, decidi por conta própria ir atrás deste passado desconhecido.
  E o que todos vão poder acompanhar daqui para frente, foi o que deixou o resgate destes carros ainda mais interessante.
    Por favor pessoal, continuem acompanhando todas as postagens sobre essa grande história.
    O primeiro passo, foi averiguar o endereço contido em um " certificado de registro "documento de licenciamento, datado em 06 de Fevereiro de 1979 , em nome de Teonilo José Giehl, localizado na rua José Bonifácio nº 870 no centro da cidade de São Leopoldo.
 
Com o endereço que constava no antigo documento,
cheguei até este edifício residencial, onde
o Sr. Teonilo residiu.

Parte daquele que provavelmente foi o ultimo documento
de licenciamento do Dodge Charger R/T 1972
Cinza Fênix.
 
    Chegando ao local foi constatado que tratava-se de um pequeno edifício residencial.
    Após conversar com uma antiga moradora do prédio, fiquei sabendo que o suposto proprietário antes dos Michel já não residia mais ali.
  Porém, neste mesmo instante, consegui conversar com a moradora atual do apartamento onde o Sr. Teonilo residiu.
    Esta me falou que o seu pai, teria comprado o imóvel diretamente dele, muitos anos atrás.
    Me disse também que este senhor teria sido um advogado da cidade e que muito provavelmente ele já teria falecido.
     Após mais algumas buscas, consegui localizar um sobrinho dele na cidade.
    Este me confirmou que o Sr. Teonilo já havia falecido cerca de quinze anos atrás, que não teve filhos e que após ter saído de São Leopoldo, acabou indo morar com uma de suas irmãs na cidade de Dois Irmãos/RS.
    Segundo consta em mais alguns antigos documentos o Sr. Teonilo, teria ficado cerca de um ano com o Dodge Charger R/T 1972.
     Questionado sobre a época que o carro havia pertencido ao seu tio, disse que lembrava vagamente, mas que não possuiria nenhuma fotografia de época do mesmo.
     A primeira busca sobre o passado do R/T 72 de um certo modo foi frustrante, reforçando a hipótese de não existir nenhum registro de época do carro.
    Nesta mesma época estava sendo feita a primeira avaliação, para saber o estado geral da estrutura do R/T 72, sendo sua restauração iniciada logo à seguir.

 R/T 72 já dentro da oficina passando pela análise.

 Assoalho bastante danificado pela ação do tempo.

 Após a remoção do vinil, foi constatado também, o real estado do teto do carro.
 

 Cenas fortes, marcaram o inicio dessa restauração, o tempo realmente foi implacável com o Charger.
 
     A restauração do Dodge Charger R/T 72 Cinza Fênix, sem sombra de dúvidas foi uma das operações mais complexas já realizadas pelos profissionais responsáveis também pelos demais carros do acervo do Museu do Dodge.
     O conceito dessa restauração partiu do princípio de reconstituir esses carro preservando o maior número de partes originais dele, ou com as que ainda sobraram.
    A primeira parte deste processo, partiu para a reconstituição da base estrutural do monobloco que foi muito danificada com o passar dos anos, partindo logo depois da parede de fogo.



 Base estrutural do carro devidamente em ordem.
 
 Sr. José, um dos artistas envolvidos nessa restauração, recuperando a lateral direita que voltaria para o carro logo em breve.
 
    Como mencionado anteriormente o conceito dessa restauração partiu do princípio de manter o monobloco com o maior número de peças originais do carro.
    As laterais traseiras por exemplo, apesar de possuírem alguns pontos danificados pela corrosão, ainda conservavam o alinhamento original.
 


    Outra parte que precisou ser substituída foi a longarina dianteiro do lado esquerdo, a mesma que foi danificada durante o acidente, pois além de ter entortado, também apresentou grandes áreas corroídas.

O adesivo de recomendação, foi instalado na concessionária onde o R/T 72 Cinza Fênix foi faturado e acabou sendo preservado.

Laterais originais instaladas novamente no carro.


    Monobloco original do R/T 72, devidamente reconstruído e salvo, pronto para encarar a segunda fase do processo de restauração.

   Tudo alinhado novamente depois de muitos anos as marcas do acidente já não existem mais.
 
 Na imagem acima, o monobloco recebendo o fundo para pintura.
 

 
    Como podemos ver, apesar do monobloco original do carro ter sido praticamente reconstruído do zero, o trabalho foi executado com muito profissionalismo, preservando muito bem o alinhamento original do carro.
     Acompanhar essa restauração à distância, foi algo que exigiu muita paciência de todos nós que esperávamos sempre por notícias.
      Mas a cada e-mail recebido, recheado de imagens a satisfação ficava cada vez maior.
 
*NA PRÓXIMA POSTAGEM!
 
A retomada das buscas da verdadeira história do Dodge Charger R/T 1972
Novas pistas, novos nomes e muitas surpresas.
A segunda fase do processo de restauração.
 
 
 
 

Showroom Imagens do Passado resgatando histórias
 
 
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