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sábado, 5 de fevereiro de 2011

MERCURY 1951 LEMBRANÇAS DE UM VERÃO DO PASSADO

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     Olhando para a foto acima em preto e branco dá para imaginar, que trata-se de uma foto feita, lá por meados da década de 60, 70 ou até mesmo da década de 80.
     Onde muitos ou alguns dos carros das décadas de quarenta e cinqüênta, já começavam a desaparecer do trânsito  cotidiano.
     Claro que o desaparecimento dos carros dessas duas décadas  não aconteceu do dia para a noite, pois em algumas fotografias antigas do final da década de sessenta e início da década de setenta ainda é possível ver alguns deles rodando em meio aos veículos da então nova frota nacional.
      Eu não sei quanto à vocês meus amigos antigomobilistas, mas eu sou uma daquelas pessoas que de tanto gostar dos nossos carros antigos, acabam atraindo eles para perto de si.
      E isso aconteceu comigo, nem uma, nem duas e nem três vezes, foram muitas e volta e meia isso continua acontecendo.
      Um fato desses aconteceu comigo por volta do ano de 2005, quando fui morar em Porto Alegre/RS para ficar mais perto do trabalho e logo abaixo da janela do meu apartamento no estacionamento do condomínio ficava estacionado um raro Bianco S.
      É como eu falei logo acima, eu não procuro os carros antigos, são eles que me perseguem.
      Realmente a foto acima, parece ser das três décadas citadas. E por que não?
      Afinal de contas, apesar dos carros antigos possuirem uma lataria forte como todos nós sabemos, o problema de corrosão também era algo bastante comum entre eles, quando estes não eram muito bem cuidados.
      Se esses carros já não eram tão comuns nas ruas até a década de oitenta, o que dizer então de ver um Mercury 1951 rodando pela década de noventa.
      Pois é meus amigos antigomobilistas!  Acreditem vocês ou não, mas essa Mercury 1951 foi fotografada por este amigo que lhes escreve por volta do ano de 1997 ou 1998 na cidade de Imbé/RS no litoral norte gaúcho.
      E quando eu falo que os carros antigos me perseguem ninguém acredita.
      A descoberta desse carro, aconteceu em um determinado final de semana, quando eu e minha família estavamos voltando da nossa casa de praia, para  São Leopoldo/RS onde nós residimos, na estrada que liga a cidade de Imbé a Capão da  Canoa  no litoral norte gaúcho.
       Um costume que eu tenho durante as viagens e quando eu estou de carona é claro, é sempre ficar cuidando os bairros e ruas secundárias às margens da estrada, isso vale também, quando eu ando por ruas e cidades onde eu nunca estive.
       E foi neste final de semana quando nós retornamos para casa que eu avistei um grande carro antigo, estacionado em uma dessas ruas secundárias a estrada principal.
       Fiquei com aquela imagem na cabeça por algumas semanas, até que eu fui passar alguns dias de férias na praia.
       Claro que uma pessoa que não é envolvida no meio antigomobilista, vai para a praia, para descansar ao sol, se refrescar no mar, tomar aquela cerveja gelada, enfim relaxar e esfriar a cabeça.
     Em um desses dias das minhas férias de verão, decidi que iria encontrar aquele grande carro estacionado naquela determinada rua secundária. E somente um maluco antigomobilista como eu para fazer isso mesmo.
     Como naquela época eu ainda era menor de 18 anos, evidentemente não possuia carteira de habilitação e muito menos um carro para ir investigar aquela história, e para ajudar mais ainda, meu pai só viajava para a praia nos finais de semana, pois minha mãe estava de férias e ele não.
      Da minha casa de praia, até a estrada principal, aquela onde eu havia avistado o carro pela primeira vez, são cerca de mais ou menos vinte quadras.
      Ao sair de casa, avisei minha mãe que estava indo procurar aquele carro que eu havia visto, como eu ainda era muito novo, ela decidiu ir junto, com medo que eu vie-se a me perder.
       Como a única referência que nós tinhamos era a estrada principal, fomos a pé até lá, e nunca minha mãe me chingou tanto por eu estar fazendo aquilo (risos...) .
       Depois de mais ou menos uma hora chegamos até o ponto e avistamos o carro estacionado no mesmo lugar de sempre.
       E em uma pequena chapeação com misto de borracharia, era onde o Mercury 1951 estava.
      Segue logo abaixo meus amigos, apenas as poucas fotos que eu fiz naquele dia, pois naquela época a máquina fotográfica digital ainda não existia, e o filme tinha que durar até o final das férias.





     Como nós podemos ver por essas fotos, apesar do Mercury 1951 estar bastante danificado, algumas partes já bastante corroídas pela ação do tempo e algumas peças faltando, ainda era um grande candidato, e com grandes chances de voltar aos seus dias de glória e glamour.
     Neste dia fui muito bem recebido pelo senhor que era proprietário dele na ocasião, ele chegou a me contar um pouco da história do carro, mas como já faz um bom tempo que essas fotos foram feitas eu não me recordo mais.
     Apesar de estar bastante desfalcado de suas peças originais este carro ainda possuía muitos ítens do seu acabamento, tais como painel de instrumentos, bancos originais e também todo o conjunto mecâncio de fábrica, tais como  o motor V8  8 BA .
     Na última foto acima podemos ver que existem dois pontos de solda nas laterais da tampa traseira, feitos para que  esta se mantivesse fechada pois a fechadura estava com problemas.
     No final de semana seguinte, fui novamente visitar o Mercury 1951 juntamente com meu pai.
     Neste dia o senhor que me atendeu pela primeira vez, fez a Mercury funcionar nos mostrando que ela ainda tinha bastante potêncial.
     Tentei convencer o meu pai a comprar a Mercury, mas como o grau do vírus da ferrugem nele é mais fraco do que em mim, ele acabou desistindo da empreitada.
     Infelizmente, eu não tive mais notícias dessa Mercury, não sei se ela ainda existe, se ela já foi restaurada,  se ela esta encostada em algum lugar ou se virou doadora de peças para um carro mais íntegro.
     Restaram na minha memória somente as lembranças desse dia e as fotografias mostradas aqui nesta postagem.
     Acredito eu meus amigos, que este carro ainda esteja aqui no Rio Grande do Sul , pois algum tempo atrás, um amigo também antigomobilista comentou comigo a história de uma pessoa que teria uma Mercury 1951 em estado de restauração e estaria pedindo um preço bastante elevado.
     Se alguém souber o paradeiro deste carro, por favor entrem em contato, pois seria muito interessante rever depois de tanto tempo esse querido e simbólico carro que ficou na minha memória por todos esses anos.


Showroom Imagens do Passado resgatando histórias

Fonte das Imagens: Acervo do Blog Showroom Imagens do Passado


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6 comentários:

Anônimo disse...

Olha isso!!! ele sempre com uma carta na manga!!!bela história essas fotos vc não me mostro!!!Grande abraço!!
Joseano Xavier

Unknown disse...

Grande Joseano!

Cara essas fotografias eu ainda não tinha digitalizado, pois estavam em um álbum de fotos que eu tenho.
Essa semana eu peguei ele na mão, me lembrei da história da Mercury e decidi postar no blog.
Tomara que ela ainda exista e que nós possamos reencontra-la.
Essa não é a lenda da Simca de Imbé, mas sim a lenda da Mercury 1951 de Imbé.

Abraço meu guri e até mais.

Cuti70 disse...

Bom dia Maurício. Realmente é, e foi, uma ótima descoberta. Entendo quando tu fala que os carros que nos interessam vem em nossa direção. Já me aconteceu inúmeras vezes. Obrigado pelo convite!! Abração Cuti

Edu Coxinha disse...

Caramba Mauricio, fiquei espantado pelo fato de um carro desta idade estar no litoral e não estar tão corroido assim !! Ja vi carros antigos de litoral em muito pior estado !!! Muito bacana o post !!

Abraço

Edu Coxinha

Unknown disse...

Grande Edu!

Realmente a Mercury não estava das piores não.
Mas se eu não me engano ela não esteve a vida toda no litoral.
A história de vida dela eu fico devendo.

Att: Mauricio

Anônimo disse...

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