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sexta-feira, 20 de junho de 2014

DODGE CHARGER R/T 1972 - PARTE 1 - UM CARRO E UMA GRANDE HISTÓRIA


PREZADOS AMIGOS E VISITANTES DO BLOG SHOWROOM IMAGENS DO PASSADO!
 
Depois da breve introdução  da postagem anterior é chegada a hora de contar como foi que ocorreu um dos maiores trabalhos de resgate histórico feito pelo Blog Showroom Imagens do Passado.
Esperei um bom tempo, até poder postar esta história aqui no blog.
E o que todos vão poder acompanhar à partir de agora, é uma história repleta de emoções, devaneios automobilísticos, encontros e reencontros.
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Em outubro de 2010, publicamos aqui no blog, a história de vida do Sr. Danilo Michel, intitulada " UMA LENDA VIVA, CHAMADA DANILO MICHEL" .
Mas porque relembrar essa história contada aqui, quase quatro anos atrás?
Simples caros leitores!
Porque a história que será contada logo à seguir, também começou por lá, no antigo pátio da Oficina São José, no centro da cidade de São Leopoldo/RS por onde muitos Dodges  circularam.
 
 
Vista parcial do pátio da antiga oficina São José em 1976.
 
    Com a compra da Chrysler do Brasil, pela Volkswagen, muitos dos seus concessionários se viram obrigados a ser representantes da marca alemã ou representarem outras bandeiras.
    Quando isto aconteceu, a maioria dos antigos representantes Chrysler da região metropolitana de Porto Alegre, acabaram vendendo todo seu estoque de peças para desmanches de carros e até mesmo para proprietários de oficinas mecânicas que por ventura tivessem interesse em ter uma pequena ou média de reserva de peças em seu estoque.
     Salvo algumas raras concessionárias que eram "dualizadas" (representantes Chrysler e Volkswagen) e algumas outras, que mesmo sendo representante de outra bandeira, em respeito a seus clientes continuaram prestando manutenção para os veículos Chrysler por mais algum tempo.
     Como proprietários da Oficina São José e também de alguns Dodges, a família Michel acabou adquirindo alguns lotes de peças, para atender os seus clientes e também os próprios veículos.
    Ainda na década de 80, a família Michel, acabou comprando mais dois Dodges para retiradas de peças. Sendo eles, um Dodge Charger R/T 1972 Cinza Fênix, chassi ( CO 27823) e um Dodge Charger R/T 1973 Vermelho Índio, chassi ( CO 43822).
     Conheci estes dois carros, por volta do ano de 2001, quando comecei a frequentar a casa da família Michel.
     Depois de muitas rodas de conversa, perguntei o porque destes carros terem ficados do lado de fora, no tempo, e não junto com os demais Dodges da família.
     E naquela época, as informações que eu tive, é que estes carros teriam sido comprados acidentados para que algumas de suas peças pudessem ser comercializadas ou reutilizadas posteriormente.
 


 Dodge Charger R/T 1972 Cinza Fênix, chassi CO 27823.
Cenas fortes e desoladoras ao mesmo tempo, pois ver um carro raro como este, neste estado, em pleno século XXI não é pouca coisa.




Dodge Charger R/T 1973 Vermelho Índio, chassi CO 43822.
 
    Outro grande carro, com uma história tão interessante quanto do Charger R/T 1972 das fotos acima.
    Porém neste primeiro momento, vamos contar somente a história do Cinza Fênix.
 
Prezados leitores:
 
    A partir daqui, vou contar a história na ordem cronológica de como os fatos aconteceram, desde que eu tive o primeiro contato com estes carros, para que todos possam entender como tudo ocorreu.
 
* Falando sobre o Cinza Fênix
 
    Passados mais alguns anos, depois que voltei a morar na cidade, decidi fazer mais uma visita ao Sr. Danilo Michel e também para rever os carros da coleção.
    O tempo foi passando e eu acabei me tornando amigo pessoal da família e com isso tive a oportunidade de ouvir inúmeras histórias, que me ajudaram a escrever a matéria sobre o Sr. Danilo e nesta mesma época também tive novas informações sobre os Dodges que estavam do lado de fora.
    E foram nestas conversas, que começaram a surgir o nome de outras pessoas, que também fizeram parte desta grande história.
 
 
    O jovem da imagem acima é Paulo Ricardo Michel, um dos quatro filhos do Sr. Danilo e a criança ao lado Alexandra Michel, uma das netas.
    Segundo me contou Enio Michel, Paulo era um grande apaixonado pela linha Dart/Charger, trabalhava junto com o pai e seu irmão na oficina São José e sonhava em um dia ter o seu próprio Dodge.
    E foi neste Charger R/T , que ele viu a oportunidade de ter o seu primeiro Dodge.
    Este carro foi encontrado em uma antiga borracharia no centro da cidade, após sofrer uma leve colisão frontal.
    E a história dele com os Michel, começa mais precisamente no dia 14 de Novembro de 1980, uma sexta-feira, dia em que ele foi comprado.
    O preço pago por ele? Cr$ 14.000,00, algo em torno de R$ 5.000,00 nos dias de hoje.
    Logo após isso o combalido Dodge, com oito anos de uso foi levado para o pátio da oficina São José.
    Assim que o carro chegou, Paulo começou a cuidar deste, fazendo ele rodar exporadicamente com a intenção de fazer o conserto do mesmo.
    Algum tempo depois, com a ajuda do seu irmão mais novo Enio, Paulo começou a desmontar a frente do veículo, para trazer de volta ao lugar a longarina danificada durante o acidente.
    Vendo o sacrifício do filho que já tinha compromissos por demais, o Sr. Danilo acabou intervindo, alegando que o conserto daquele carro não era viável, visto que com o valor final do conserto, facilmente se compraria um carro em melhores condições.
    Em virtude disto, Paulo acabou deixando o velho Charger de lado  e algum tempo depois acabou adquirindo o seu tão sonhado primeiro Dodge.
    Este um Dodge Dart de Luxo 1971, ouro espanhol metálico que havia pertencido ao seu irmão mais velho Silvio Michel.
 
 
 Na foto acima, podemos ver a pequena colisão frontal que o Charger sofreu ainda na década de 80 e que acabou condenando o carro em vista do seu baixo valor de mercado.
 
 
O tão sonhado primeiro Dodge do jovem Paulo Michel, ainda está com a família.
Ao volante, Alexandra Michel, a mesma menina da imagem acima, pronta para levar o Dart em um evento local.
 
 
    Infelizmente em 1984, Paulo veio à falecer prematuramente com vinte cinco
anos de idade, deixando um grande vazio para sua família e também para os seus amigos.
    E com este lastimável fato, o velho Dodge Charger R/T 1972 com pouco mais de 52.000 km, novamente estava sujeito a terminar os seus dias como doador de peças.
    E foi isto o que realmente aconteceu!
  Ao longo dos anos suas peças foram sendo comercializadas e a velha carroceria acabou sendo coberta por uma grande lona e encostada definitivamente sobre a sombra daquela árvore que seria sua moradia.
 

 
    Quase trinta anos depois, o velho Charger R/T entra no século XXI, estacionado no mesmo lugar.
     Aquela lona que o cobriu durante anos não está tão inteira assim, deixando aparecer as linhas e características do modelo.
    Nos dias de hoje, ver um carro raro como este, nesta situação é algo realmente lamentável.
 



 
    Com sua carroceria parcialmente exposta, mesmo durante anos parado naquele mesmo lugar, pude notar que tratava-se de um carro muito alinhado, apesar de boa parte da estrutura estar corroída.
    Olhando para este carro, parado ali, durante tantos anos, era comum o sentimento de compaixão por ele, afinal de contas poderia estar figurando entre tantos outros nos eventos antigomobilistas.
 
 
Na próxima postagem!
por favor continuem acompanhando
 
O destino à favor dos dois velhos Charger R/T
 
 
Showroom Imagens do Passado resgatando histórias
 
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5 comentários:

REI V8 disse...

Boa Primo, tuas postagens estavam fazendo falta!
Muito legal começar pelo R/T 72, história inspiradora para mim. Conte logo as próximas partes!
Grande abraço.
Reinaldo
http://reiv8.blogspot.com

Comandante disse...

Legal...tbm sou apaixonado por Dodges...tenho um Magnum 79 do qual sou o segundo proprietario e ja me acompanha ha mais de 20 anos. Ja morei no Rio...em Natal...em Porto Alegre e utilizava-o normalmente nas minhas viagens. Hoje moro em Fortaleza e ainda rodo com ele somente dentro da cidade para passeios locais.
Deixo um grande abraco pra ti e parabens pela iniciativa.

Comandante disse...

Legal...tbm sou apaixonado por Dodges...tenho um Magnum 79 do qual sou o segundo proprietario e ja me acompanha ha mais de 20 anos. Ja morei no Rio...em Natal...em Porto Alegre e utilizava-o normalmente nas minhas viagens. Hoje moro em Fortaleza e ainda rodo com ele somente dentro da cidade para passeios locais.
Deixo um grande abraco pra ti e parabens pela iniciativa.

Giovani "Caju" Pereira disse...

Isso é uma coisa que tu deve sempre ter orgulho!!!
Graças a ti, salvaram este dois raríssimos exemplares!!!
E de quebra conheci o Márião!!! kkkkk

Anônimo disse...

São poucos os privilegiados a contarem histórias de dojões no Brasil. Os vorazes motorões v8 duraram pouco. Todo passado não acaba, vira memória, mas tem que ser passado. Assim fui eu um jovem a bordo de um dojão, um dos primeiros dart 76 com câmbio embaixo. Numa região oeste de Minas ganhando as primeiras estradas asfaltadas, numa determinada noite de lua cheia, lá estava eu cruzando uma tal de rodovia do milho. São lances que a gente nunca esquece. Andei por uns 140km e cruzei apenas com um ônibus da Gontijo em viagem para Belo Horizonte...