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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Show Room - Busologia...!!!

Carrocerias Ott...
Pioneirismo e Tradição.






  Frederico Lothar Ott, nascido em Dois Irmãos em 16 de setembro de 1907, descendente de alemães teve idéias arrojadas.
    Embora não haja registros precisos sobre o início da fabricação de ônibus no Estado, a empresa que fabricava os próprios veículos – fechada em 1970 por dificuldades financeiras e uma forte concorrência com a Eliziário – teria sido a primeira a produzir um ônibus fechado no país. Registros históricos, no entanto, dão conta de que a primeira a fechar um ônibus, substituindo as jardineiras abertas nas laterais, foi à montadora Irmãos Grassi, de São Paulo. Ott, no entanto, garante que o feito foi de sua empresa, em 1938:


Segundo seu Ott, como era chamado, em visita do amigo Salomão Golandski:


- "Os ônibus eram abertos. Os passageiros e o cobrador se olhavam. Depois que fabriquei o primeiro ônibus fechado, um dos irmãos Grassi esteve em Novo Hamburgo para olhar minhas carrocerias. Eu os tinha superado, os meus ônibus eram mais modernos". O modelo fabricado no Estado ficou conhecido como "Gostosão".




Gostosão: Primeiro Ônibus fechado construido no Brasil.
  Motorista, construtor e músico.
    Foi um dos precursores do transporte de massa no Estado. Em uma oficina, Frederico e o pai, Pedro José Ott, montaram, em 1924, o ônibus que daria origem a uma empresa encarroçadora familiar e pioneira.
    Com orgulho os feitos se confundem com a história do transporte de passageiros no Estado.
    Erguida sobre um Chevrolet Canadense de quatro cilindros, a primeira carroceria montada por ele e o pai – com as laterais abertas e bancos de madeira – foi o produto precursor do que, em 1932, tornaria-se a "Ott Cia. Ltda"., empresa de Novo Hamburgo tocada por quatro dos sete filhos de Pedro José, exemplo de empenho, dedicação e persistência.
    A empresa agregava a Fábrica de carrocerias Ott e a Andorinha, com linhas de ônibus que ligavam o Vale do Sinos à Capital e ao Litoral Norte. Sempre à frente do seu tempo, Frederico foi motorista, construtor e músico profissional, com seu irmão Fridolino Dionísio Ott, era integrante da Banda Araújo na década de 30, também conquistou uma autorização do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) para produzir os ônibus.
    A Carrocerias Ott distribuiu 190 veículos em todo o Estado, além de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
     A Ott também em parceria com a empresa Central Transportes de São Leopoldo, desenvolveu e produziu carrocerias especialmente para esta.
    Frederico Lothar Ott, faleceu em aos 100 anos, em 2007, meu caro colega e grande amigo Salomão Golandski, esteve presente no aniversário de 100 anos e também no enterro deste que foi um grande Pioneiro e travou um grande marco na História do Transporte Nacional.


Banda Araújo: Em Pé Esquerda á Direita: Frederico e Fridolino Ott, década de 30



Deusa do Asfalto: Primeiro carro da NSª Trabalho de Porto Alegre em 1962.




Carroceria Central: Projeto em parceria com a empresa Central S.A.

A Noticia do Falecimento ao Amigo Olides Canton.


Morre o DINOSSAURO das carrocerias de ônibus


Me telefonou às 20 hs do dia 5/12/2007 o Salomão meu informante de tudo o que acontece com ônibus no RS. Ele ligou e me avisou: tenho uma notícia triste. Tinha morrido à tarde o Sr. OTT com 100 anos e 2 meses em Novo Hambaurgo onde vivia,já em cadeiras de rodas, mas estava no lucro. Sr. OTT fabricou praticamente as primeiras carrocerias de ônibus numa fabriqueta de fundo de quintal. Seus familiares tinham muito orgulho de que ele podia provar que fez os primeiros protótipos de carroceria de ônibus aqui no Sul praticamente junto dos Irmãos Grassi, em São Paulo. Que a alma do Sr. OTT descanse em PAZ.












4 comentários:

Anônimo disse...

Não conheci estes onibus da Ott e nem da Central, muito boa a postagem e traz a tona o pioneirismo do gaúcho em tudo

Eduardo Jones Ott disse...

Faço parte desta história emocionante,referente a frota de ônibus da família Ott.Sou de Novo Hamburgo,e o senhor Pedro José Ott era meu tataravô...Me chamo com imenso orgulho Eduardo Jones Ott.

Kaio Castro disse...

"Viver, Ver e Rever, A Evolução", título de nossa exposição de ônibus e caminhões antigos que realizamos anualmente, desde 2004, através do Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro, é o que vemos traduzido com muita propriedade aqui neste blog de vocês, que cumprimentamos e aplaudimos por contribuir dessa forma com a preservação da memória dos transportes.
Kaio Castro - Presidente
Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro

Marcia Forell disse...

Tive o prazer de vivenciar essa história emocionante! Sou neta de Frederico Lothar Ott e Irma Alda Ott. Eram pessoas especiais, exemplo para nossa família. Ele um homem a frente de seu tempo, um pioneiro e ela uma doce mulher, sempre administrando e protegendo a família! Tenho muito orgulho e muitas saudades deles! Marcia Helena Forell