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terça-feira, 22 de junho de 2010

Coisas que confundem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Coisas que confundem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Prezados amigos e visitantes do blog Showroom Imagens do Passado!
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   No momento em que se inicia a restauração de um carro antigo, muita atenção deve ser dedicada, ainda mais quando o quesito originalidade é prioridade.
   Confesso a vocês, que de um tempo para cá me tornei adepto do quesito originalidade e também dos dados impressos nas "plaquetas" de identificação dos veículos.
   Se nós pararmos para pensar, a história da indústria automobilísitica brasileira é relativamente recente se comparado com a história de outros países.
   Em diversas pesquisas que eu fiz nos últimos anos, tive a oportunidade de ver diversas combinações feitas pelas nossas montadoras em seus carros.
   Combinações essas de muito bom gosto, deixando os carros com  estilo e uma elegância que jamais nós vamos ver novamente.
   Graças ao advento da internet e as diversas tecnologias que foram implementadas nos ultimos anos, a restauração de um antigo se tornou mais fácil, quando a busca por informações é necessária.
    Mas mesmo assim, como eu costumo falar papel aceita tudo e a internet mesmo com todos os seus benefícios é  um jornal picado. Tem informação para todos os lados e as vezes muitas informações erradas são disponibilizadas.
    Até mesmo alguns materiais publicitários de época nos induzem ao erro, pois muitos dos carros usados em reportagens e prospéctos de fábrica, na época ainda não eram carros de produção e sim carros experimentais.
     Inclusive esses carros chamados experimentais eram levados também aos estandes das montadoras em salões do automóvel.



   Uma foto que me levou a escrever esta postagem é esta do Dodge 1800 exposto no salão do automóvel.
   Aparentemente este exemplar não possui nada de anormal.
   Porém, são os detalhes que fazem a diferença na momento em que um carro antigo esta sendo restaurado.
   Este exemplar exposto, possui a rodas originais do modelo, porém com acabamento cromado, coisa que nunca aconteceu na realidade durante a produção do carro.





   Um outro exemplo também foi publicado na revista 4 Rodas de Dezembro de 1972, onde foi publicada algumas fotos do estande da Ford do Brasil, no salão do automóvel daquele ano, tendo como grande atração o lançamento do Ford Maverick. Além dos demais modelos da linha Ford para aquele ano estava exposto no estande este Ford Maverick GT.             
   Porém este ainda não era um carro de produção em série e sim um carro conceito ou experimental. Analisando a faixa lateral no lugar da inscrição 302-V8 está escrito
5 litros.
   E os pneus usados neste carro exposto, até onde eu sei nunca foram disponíveis em nenhum modelo da linha Ford Maverick.


   Olhando esta  foto da dianteira do mesmo carro outra evidência de que este é um carro conceito, pois o faroletes instalados na grade deste carro nunca foram disponibilizados aqui no Brasil, somente nos modelos americanos do ano de 1973 até o ano de 1977 quando foi encerrada a sua produção e além disso o emblema Maverick também nunca esteve instalado na grade dos modelos brasileiros.
    São detalhes como estes mostrados aqui que fazem toda a diferença na restauração de um carro antigo e também na  sua pontuação na hora de se obter a placa preta.
    Sei que muitas vezes é realmente difícil trazer um carro a sua originalidade plena, e isto leva os proprietários a costumizarem ou transformarem os seus carros em hot-rods.
    Também são carros e conceitos muito interessantes, quando os projetos são feitos com bom gosto e sem exageros.
    O interessante mesmo quando são iniciadas as buscas por informações referentes a determinado carro, além de consultar materiais de época, como revistas, materiais de divulgação, manuais de serviço é fazer uma pesquisa de campo e ver se realmente aquelas informações que nós já temos realmente coincidem com a verdade.
    Vale lembrar também, que assim como hoje em dia, muitas concessionárias disponibilizavam, uma série de acessórios de época dentro do showroom de suas lojas. Acessórios esse que partiam de um simples aparelho de rádio, passando pelas rodas e até mesmo a troca dos bancos dos carros. Sem contar também, os chamados carros feitos por encomenda, que eram entregues, usando esse ou aquele detalhe de um modelo superior da sua linha, gerando muitas dúvidas e polêmicas quando a originalidade é discutida.



Showroom Imagens do Passado.

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Um comentário:

Mário César Buzian disse...

Mauricio,

Vc. tocou num assunto bem interessante, a gente acaba percebendo que muitas vezes as fábricas acabam fazendo uma série de testes, tanto dinâmicos quanto mecânicos e visuais, e depois de um rigoroso estudo pré-série acabam se decidindo por mudanças para facilitar a produção final. E muitas dessas sugestões acabam vindo mesmo do pessoal interno da fábrica, aqueles que literalmente põem a "mão na massa"...
O fato da Chrysler não ter usado rodas cromadas no lançamento do Dodge 1800 mostra que elas talvez acabariam custando bem mais ao consumidor final, e esse "extra" poderia atrapalhar a venda. Lembre-se que em fins de 1973 até a roda Magnum cromada que existia somente nos Charger R/T acabaram saindo de cena, deixando as Rallye de ferro originais em seu lugar, com alguns adereços extras para justificar um maior "requinte"...E as rodas Magnum viraram acessório bastante solicitado até os dias de hoje !!
Quanto ao Maverick GT, na minha opinião a Ford quis fazer um teste de recepção no salão daquele ano, usando como base o modelo esportivo Grabber norte-americano, cuja grade estava naquele carro, além dos pneus "red line" e a faixa "5-Litre", que foi aportuguesada para "5 Litros", e outros detalhes...Lembre-se que esse carro teve seu desenvolvimento acelerado a toque de caixa para ser apresentado logo ao público, assim como o D-1800.
Essa discussão ainda vai longe...
Abração !!!